quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A culpa é do futebol?

Minha humilde opinião. Não me levem a mal, não é pessoal nem direcionado. Apenas, como já disse, minha opinião.




Agora está na moda dizer que quem gosta de futebol (eu, por exemplo) não participa ativamente da vida política do país, não se importa com a corrupção ou com os problemas do Brasil. Frases do tipo “O Brasil só tem os problemas que tem por culpa das pessoas aqui gostarem demais de futebol”, “O Brasil não vai para frente porque o povo só se preocupa com futebol” – o carnaval também aparece na lista das “culpas”, mas por ora, me concentrarei no futebol- estão circulando aos montes na internet.
Mentira! Essas afirmações de senso comum servem apenas para desviar o foco dos reais motivos que fazem do povo brasileiro, um povo apático em relação à corrupção. O Brasil tem os políticos que tem, aceita a corrupção passivamente e perdeu a força de indignar-se diante dos acontecimentos esdrúxulos (para dizer o mínimo) dos últimos tempos, simplesmente porque falta educação ao povo brasileiro. Esse também pode ser considerado mais um clichê, “a educação brasileira é pífia”, mas é um clichê que condiz com a realidade. Hoje mais do que nunca se faz necessário ao país um educação de qualidade, que ensine não só os conteúdos básicos do currículo, o que já seria difícil, mas uma educação que ensine também a pensar a ser crítico, fazer do aluno um formador de opinião.
Milhares de torcedores chorando, decepcionados porque seu time foi rebaixado ou outros milhares, vibrando, sorrindo e cantando porque seu time foi campeão, não tem absolutamente nenhuma influencia na política brasileira, nem boa, nem ruim. Agora, quando 1350 milhões de pessoas que se juntam para votar em um palhaço e fazer dele o deputado mais bem votado do país, e mais grave, a maioria ainda achava que estava protestando, isso sim tem influência direta e certamente essa atitude afetou ou afetará de algum modo a vida dos brasileiros, dos que votaram e dos que não votaram.
Aí aparecem essas pessoas que acham que pelo simples fato de não gostarem de futebol, estão de algum modo contribuindo para o bem estar da nação. Acham-se superior e no direito de apontar os “culpados”. Futebol e carnaval são duas paixões brasileiras, faz parte da nossa cultura, gostem ou não. O fato de uma pessoa ser incapaz de se emocionar durante uma partida de futebol não faz dela melhor ou pior do que ninguém. Relacionar isso a leniência do povo brasileiro, para mim, não faz sentido.
Sou contra a violência, seja nos protestos do futebol, nas marchas da maconha, nas greves, seja onde for, assim como sou contra aos rios de dinheiro que serão gastos na realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. O fato de eu ir ao estádio e me sensibilizar com a vitória do meu time, ou zoar um amigo quando o time dele perde, não muda em nada minha indignação diante dos fatos. Fico estarrecida quando vejo, por exemplo, pessoas passarem por cima da lei em nome da agilidade dos projetos da copa, quando fica claro que o que querem é facilidade para desviar verbas e enriquecerem (mais) ilicitamente à custa de nosso dinheiro.
Existem muitas formas de mudar a realidade política do país, começar com a qualidade na educação seria um grande passo. Deixar de gostar de futebol e carnaval certamente não faz parte das medidas.

E vamos que vamos que o carnaval está chegando!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mais um dia


Acordei tarde e desanimada, como tem sido nos últimos dias. Estava concentrada em meus a fazeres domésticos, afinal por enquanto não sou nada, além de mãe, esposa e dona de casa. Não que isso seja ruim, estou adorando, nunca estive tão próxima do meu filho, estamos nos tornando amigos, cúmplices. A parte das tarefas domésticas é que me deixa meio estressada, não nasci para isso, mulher nenhuma nasceu. Bom, enfim, eu estava passando roupas para ser mais exata e enquanto isso assistia ao campeonato inglês, a propósito, o New Castle estava ganhando de 1 X 0 do Queens Park Rangers, não me ligo muito nos campeonatos internacionais, embora adore futebol, mas vez por outra dou uma espiadela.
                O fato é que hoje enquanto trabalhava e assistia, acabei me perdendo em meus pensamentos e lembrei o quanto minha infância foi feliz. Lembrei-me de um lugar aonde minha mãe costumava levar a mim e a minha irmã, a do meio, por parte de mãe (são muitas irmãs). Era um clube, que na época para o tamanho que eu tinha, parecia enorme, hoje já não tenho certeza se era realmente tão grande, havia uma escadaria que dava acesso a uma parte onde ficavam as lanchonetes e os parquinhos, era tão divertido, mas o que eu gostava mesmo era das piscinas, pequenas, médias, grandes, muitas! Passávamos o dia inteiro lá, era um dia de diversão plena.
                Morávamos numa cidade do interior da Paraíba e muito provavelmente aquele era o único lazer das famílias desta e de outras cidadezinhas próximas, afinal, estava sempre lotado. Crianças correndo, deleitando-se nas piscinas, nos brinquedos, correndo, pulando. Enquanto os pais bebiam, comiam, dançavam e claro aproveitavam as piscinas também. A Alegria estava no ar, espalhada por todos os cantos deste lugar mágico que tinha o poder de transformar trabalhadores cansados da labuta diária em pessoas felizes, cheia de motivos para comemorar e ser feliz!

                Era tudo que eu precisava para ser feliz. Uma visita por mês já era o suficiente para me encher de alegria por um longo período. As lembranças do dia feliz, as histórias para contar aqueles que não puderam ir e, acima de tudo a expectativa do próximo passeio me enchiam de alegria durante muitos dias, alegria que ficava armazenada em meu coração, como um estoque de bem estar preenchendo minha vida de felicidade plena. Eu, minha mãe, minha irmã, alguns primos, alguns amigos e aquele clube lotado de pessoas e de contentamento eram suficientes para me fazer feliz, e fazia!
                O mais estranho é que quando somos crianças não temos consciência dessa felicidade, porque ser feliz é a coisa mais normal do mundo para quem é criança. Hoje, adulta, vejo a felicidade de um modo diferente e ao lembrar esse momento, sou feliz novamente!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Inglês para brasileiro ver...e rir


Eu não sei quem é o autor deste texto, achei aqui nos meus arquivos   e pensei que vale a pena divulgar.É um texto muito divertido e interessante. Aproximar a nossa língua da língua inglesa de forma espirituosa é sempre válido, porque deste modo aproximamos também as pessoas deste idioma tão importante nos dias de hoje, que é o Inglês. Leiam e divirtam-se.

Um norte americano, morando há pouquíssimo tempo no Brasil e falando "bem" o português, faz a sua lista de compras e vai ao supermercado para tentar abastecer a sua despensa e geladeira.
Tendo feito a lista, a seu modo, e com o carrinho na frente, vai lembrando o que precisa:

             1- PAY SHE
             2- MAC CARON
             3- MY ONE EASY
             4- PAUL ME TOO
             5- ALL FACE
             6- CAR NEED BOY (MAIL KILO )
            
7- AS PAR GOES
             8- KEY JOE (PARM ZOOM)
             9- COW VIEW FLOOR
            10- PIER MEN TOM
            11- BETTER HAB
             12- LEE MOON
             13- BEER IN GEL
             14- THREE GO
             15- PAY TO THE PIER YOU

Ao final ainda dá um tapa na testa, dizendo: PUTZ GRILL LOW! IS KEY SEE O TOO MUCH... PUT A KEEP ARE YOU!!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Parte de mim


Quando eu era adolescente, como a maioria das meninas nessa idade, eu escrevia diários (alguns deles tenho guardado até hoje), mas aí o tempo vai passando, você vai crescendo e falta tempo ou mesmo vontade de escrever.
 Há algum tempo eu me peguei pensando nisso, sei lá, uma necessidade de escrever, de falar, de comentar as coisas que acontecem comigo, as transformações pelas quais venho passado. Sinto de verdade que estou mudando. Sabe? Acho que estou me tornando uma pessoa diferente em vários aspectos. Às vezes penso que to ficando velha, só pode ser! Dizem que quando ficamos velhos voltamos a agir como crianças, pode ser que seja isso.
Olhando por uma escala regressiva e fazendo uma comparação inversamente proporcional (matemática não é comigo!), se é que vocês me entendem, eu penso que devo estar no início da velhice, o que, segundo minha escala imaginaria, deve ser equivalente a um comportamento adolescente. Quanto mais velha for me tornando mais criança vou ficando. Imagino que vem daí essa minha súbita vontade de escrever, esse desejo de expressar meus conflitos a partir da escrita, só não descobri ainda porque decidi publicar isso num blog, provavelmente toda essa era digital que vivemos me influenciou, no entanto preciso pensar melhor sobre isso.
Voltando as questões das mudanças: a troca de estado, do Tocantins para o Mato Grosso do Sul, definitivamente foi um dos fatores responsável por essa minha fazer reflexiva. Muitas coisas aconteceram nesses dois últimos anos.
Tenho vontade de escrever sobre tantas coisas, sobre muitas delas eu até já escrevi (só não tive coragem de publicar, embora eu saiba que quase ninguém visite esse blog) livros que li, livros que gostaria de ler, musicas, festas que fiz e que participei, alguns encontros familiares inusitados e sobre algumas pessoas que cruzaram meu caminho, algumas maravilhosas, outras nem tanto.
Um coisa é certa, Campo Grande é uma cidade muito maior que Palmas e é estranho como numa cidade com tantas pessoas eu me sinta tão só.
Os outros textos, aqueles que já escrevi, virão em breve. Esse foi só o primeiro passo.

14/01/2012